Violência na intimidade: Violência Doméstica
A violência no contexto da intimidade é um fenómeno que
permaneceu, e permanece, silenciado no interior das famílias, mas
que está cada vez mais a ser denunciado e a ganhar visibilidade.
A violência contra as mulheres, crianças e também homens, é pois,
uma realidade complexa e multidimencional, que atravessa todas as classes sociais, idades e religiões.
A “Violência Doméstica” tem consequências devastadoras para a estruturação pessoal e familiar das vítimas, sendo estas maioritariamente mulheres, crianças e idosos. Como tal há cada vez mais a necessidade de um maior compromisso na procura de respostas, prevenção e de apoio, na reorganização dos afectos e da sociabilidade desfeita que estas vítimas fragilizadas experimentam.
A violência praticada na conjugalidade funciona como um sistema circular, ou seja, começa, processa-se e termina, iniciando-se de novo na fase em que primeiro começou. A isto se chama o Ciclo da Violência Conjugal.
No ciclo da violência conjugal identificam-se três fases: a fase de aumento da tensão; a fase do ataque violento e a fase do apaziguamento.
Na fase de aumento da tensão, as tensões quotidianas acumuladas pelo agressor, que não as sabe resolver sem recurso à violência, são descarregadas na vítima sendo que todos os pretextos são válidos. Na fase do ataque violento, o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, que tenta reagir com passividade para não
agravar a investida. A vítima necessita muitas vezes, de tratamento
hospitalar, onde nem sempre admite a origem dos ferimentos. Na fase
do apaziguamento, o agressor, depois de agredir a vítima, mostra-se
arrependido, e promete que o sucedido não voltará a acontecer, fazendo-a acreditar que foi a última vez que se descontrolou. Este ciclo dificulta a decisão da vítima em abandonar a relação, uma vez que, no final sente sempre esperança de ter uma conjugalidade sem violência.
Muitas das pessoas que são vítimas de crime, não sabem, ou têm dúvidas
sobre o que fazer e necessitam de alguém, que as possa escutar, compreender e ajudar.
O papel do psicólogo na relação terapêutica com uma vítima de violência passa
pela facilitação da expressão emocional por parte da mesma, demonstrando-lhe
que pode partilhar os seus sentimentos sem nunca ser julgado. O psicólogo
deve também facilitar à vítima a compreensão dos seus problemas e das suas
respostas a eles, o que facilita a identificação e possível resolução de problemas.
Ninguém deve temer procurar apoio por medo de ser julgado ou criticado, o que nunca acontecerá. As consultas são privadas e a psicóloga conta com experiência na área do atendimento a vítimas de violência, sejam homens, mulheres, crianças ou idosos.
Lígia Viegas
Psicóloga Clínica
A violência no contexto da intimidade é um fenómeno que
permaneceu, e permanece, silenciado no interior das famílias, mas
que está cada vez mais a ser denunciado e a ganhar visibilidade.
A violência contra as mulheres, crianças e também homens, é pois,
uma realidade complexa e multidimencional, que atravessa todas as classes sociais, idades e religiões.
A “Violência Doméstica” tem consequências devastadoras para a estruturação pessoal e familiar das vítimas, sendo estas maioritariamente mulheres, crianças e idosos. Como tal há cada vez mais a necessidade de um maior compromisso na procura de respostas, prevenção e de apoio, na reorganização dos afectos e da sociabilidade desfeita que estas vítimas fragilizadas experimentam.
A violência praticada na conjugalidade funciona como um sistema circular, ou seja, começa, processa-se e termina, iniciando-se de novo na fase em que primeiro começou. A isto se chama o Ciclo da Violência Conjugal.
No ciclo da violência conjugal identificam-se três fases: a fase de aumento da tensão; a fase do ataque violento e a fase do apaziguamento.
Na fase de aumento da tensão, as tensões quotidianas acumuladas pelo agressor, que não as sabe resolver sem recurso à violência, são descarregadas na vítima sendo que todos os pretextos são válidos. Na fase do ataque violento, o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, que tenta reagir com passividade para não
agravar a investida. A vítima necessita muitas vezes, de tratamento
hospitalar, onde nem sempre admite a origem dos ferimentos. Na fase
do apaziguamento, o agressor, depois de agredir a vítima, mostra-se
arrependido, e promete que o sucedido não voltará a acontecer, fazendo-a acreditar que foi a última vez que se descontrolou. Este ciclo dificulta a decisão da vítima em abandonar a relação, uma vez que, no final sente sempre esperança de ter uma conjugalidade sem violência.
Muitas das pessoas que são vítimas de crime, não sabem, ou têm dúvidas
sobre o que fazer e necessitam de alguém, que as possa escutar, compreender e ajudar.
O papel do psicólogo na relação terapêutica com uma vítima de violência passa
pela facilitação da expressão emocional por parte da mesma, demonstrando-lhe
que pode partilhar os seus sentimentos sem nunca ser julgado. O psicólogo
deve também facilitar à vítima a compreensão dos seus problemas e das suas
respostas a eles, o que facilita a identificação e possível resolução de problemas.
Ninguém deve temer procurar apoio por medo de ser julgado ou criticado, o que nunca acontecerá. As consultas são privadas e a psicóloga conta com experiência na área do atendimento a vítimas de violência, sejam homens, mulheres, crianças ou idosos.
Lígia Viegas
Psicóloga Clínica